segue um estudo que ministrei a respeito da Páscoa na faculdade em nossa ABU no CESET-Unicamp.
no final, seguem 2 estudos em anexo, com os respectivos sites de on foram tirados.
Deus abençoe! e boa leitura!
Texto Base: Deuteronômio 16:1-12
Muitas vezes celebramos a Páscoa e nem sabemos o porquê. Quem a instituiu? Por que celebramos? Tem algo a ver com o Antigo Testamento? Vamos responder essas questões nesse estudo.
Me lembro que há alguns anos, quando fiquei sabendo que a Páscoa foi instituída por Deus, por meio de Moisés, no Velho testamento, fiquei chocado. Ninguém havia me dito isso antes. Simplesmente me falavam que era a morte e a ressurreição de Jesus - isso quando não escondiam esse fato tentando me enganar com chocolates e coelhinhos no primário. Ora, se já celebravam no velho testamento, não poderia ser a morte e ressurreição de Cristo. Engano meu.
Pra entender essa verdade, primeiro precisamos entender que o Antigos Testamento é a sombra do Novo Testamento. Toda lei, história e ensinamentos que Deus dava ao povo de Israel refletem no NT e apontam para Jesus. Sabendo disso, podemos avançar.
Mas, por que celebravam a Páscoa no AT afinal? Para lembrarem que Deus os havia tirado do Egito. O cordeiro, os pães asmos (sem fermento, que simboliza pecado), tudo feito como quando Ele os tirava do Egito. Com certeza, significava muito para um judeu celebrar a Páscoa, pois Deus um dia havia os tirado da escravidão do Egito. E por isso deve significar muito mais para nós hoje.
O reflexo do AT se cumpria no NT, bem numa Páscoa. O cordeiro perfeito, Jesus Cristo, era sacrificado para nos libertar, não do Egito, mas do pecado. O sangue nos umbrais das portas eram substituídos pelo sangue de Jesus derramado, nossa arma de defesa. Os pães asmos, por um corpo de alguém que não conheceu pecado, traspassado e moído pelas nossas iniquidades. E, ao terceiro dia, ainda na Páscoa - que não durava apenas um dia para os Judeus - ressuscitou! Hoje, Cristo é nossa Páscoa! E, para não nos esquecermos de nossa libertação do pecado, de sua morte e ressurreição, e anunciarmos sua vinda, Jesus instituiu a Santa Ceia, onde o pão simboliza Seu corpo moído, e o vinho Seu sangue derramado por nós.
Hoje não precisamos celebrar a Páscoa sacrificando um cordeiro, mas podemos celebrá-la lembrando da morte e ressurreição de nosso libertador!
Feliz Páscoa a todos!
Abaixo seguem 2 anexos, com estudos a respeito da páscoa para quem quiser se aprofundar. Deus continue abençoando grandemente!
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Anexo 1:
O sentido da Páscoa
Egito, dia 14 de abibe, do ano em que os filhos de Israel foram livres da Escravidão - Esse seria um dia decisivo. Dia de regozijo para alguns e desespero para outros. Naquela noite, o anjo da morte visitaria o Egito e mataria a todos os primogênitos, desde os animais até o filho de Faraó.Esse seria o castigo de Deus contra o Egito. Como fariam os israelitas para escaparem dessa destruição? Não lhes bastaria serem filhos de Abraão. Não seria suficiente serem pessoas boas e religiosas. O livramento se daria mediante a obediência ao que Deus determinara a Moisés.
Naquela tarde, as famílias dos israelitas deveriam reunir-se e cada uma deveria matar para si um cordeiro. Seu sangue deveria ser passado nos portais das casas. Dentro delas, as famílias comeriam a carne do animal juntamente com ervas amargas. A terrível noite chegou e, com ela, o anjo destruidor. Por onde ele passava, deixava as famílias em agonia pela perda de seus filhos. Só escaparam da tragédia aquelas casas em cujas portas havia o sangue protetor. Essa foi a primeira páscoa.
Páscoa significa "passar por cima", ou seja, o anjo passava por aqueles que estavam protegidos pelo sangue e não os destruía. (Êx 12).
Naquela mesma noite, os israelitas saíram do Egito. A partir desse dia, em todos os anos, na mesma data, os israelitas comemoram a páscoa, matando um cordeiro e comendo a sua carne. Essas comemorações seriam apenas símbolo da páscoa comemorada por Jesus com seus discípulos, momentos antes da sua morte. Todos os cordeiros mortos representavam o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29) e que seria morto em uma páscoa. Paulo escreveu aos Coríntios: "Cristo é a nossa páscoa" (I Cor 5.7). Sua morte significou o nosso livramento, a nossa salvação. Ninguém poderá se salvar baseado em sua própria justiça ou bondade, mas é o sangue de Jesus, o cordeiro de Deus, que nos salva. Ele morreu para que não morramos espiritualmente, mas tenhamos a vida eterna.
Deus ordenou que os filhos de Israel, os judeus, comemorassem a páscoa todos os anos no mês de abibe, que começa em meados de março e termina em abril. Nós, porém, não somos israelitas, somos gentios e, portanto, não temos o dever de comemorar anualmente a páscoa, da maneira como eles o faziam.
Nem mesmo os judeus têm esse dever na atualidade, pois, após a morte de Jesus, todos os sacrifícios de animais deveriam ser abolidos. "Cristo, que é a nossa páscoa, já foi sacrificado por nós." (1Co 5.7).
Atualmente, muitas pessoas pelo mundo afora comemoram a páscoa. Essa comemoração está repleta de alterações em relação ao sentido original. Em lugar do cordeiro, fazem menção aos coelhos! Em lugar das ervas amargas, as pessoas comem chocolate! É sempre assim: procuramos algo mais fácil e mais agradável.
Não estamos proibidos de comer chocolate (ainda bem), mas não devemos ignorar o verdadeiro sentido da páscoa. Temos, sim, uma comemoração relacionada a essa festa: a ceia do Senhor. Esta é a nossa páscoa. Não realizada apenas uma vez por ano, mas todas as vezes que comemos o pão e bebemos do cálice em memória da morte do Senhor Jesus.
Estamos assim, a família do Senhor, comendo a carne do cordeiro e bebendo o seu sangue. Nesse momento, nos recordamos que éramos escravos no Egito, o mundo, e que Faraó, Satanás, nos mantinha sob o seu domínio. Mas, naquela tarde de páscoa, o Cordeiro de Deus, o primogênito de Deus, morreu em nosso lugar. Regozijemo-nos e alegremo-nos. O anjo da morte não nos alcançará, pois "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". Aleluia!
Anísio Renato de Andrade Bacharel em Teologia. Professor do SEBEMGE – Seminário Batista do Estado de Minas Gerais anisiorenato@ig.com.br |
Fonte: http://novo.lagoinha.com
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Anexo 2:
Páscoa:
É a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos israelitas. o seu nome deriva de uma palavra hebraica, que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Êx 12.11 a 27). Chama-se 'a Páscoa do Senhor' (Êx 12.11,27) - a 'festa dos pães asmos' (Lv 23.6 - Lc 22.1) - os 'dias dos pães asmos' (At 12.3 - 20.6). A palavra Páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc 22.7 - 1 Co 5.7 - Mt 26.18,19 - Hb 11.28). Na sua instituição, a maneira de observar a Páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico - e no décimo-quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal, e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15º, a contar desde as 6 horas da tarde anterior, principiava a grande festa da Páscoa, que durava sete dias - mas somente o primeiro e o sétimo dias eram particularmente solenes. o cordeiro morto devia ser sem defeito, macho, e do primeiro ano. Quando não fosse encontrado cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. os que comiam a Páscoa precisavam estar na atitude de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados nas mãos, alimentando-se apressadamente. Durante os oito dias da Páscoa, não deviam fazer uso de pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Êx 12). A Páscoa era uma das três festas em que todos os varões haviam de 'aparecer diante do Senhor' (Êx 23.14 a 17). Era tão rigorosa a obrigação de guardar a Páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm 9.13) - mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinham que adiar a sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14º dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disto no tempo de Ezequias (2 Cr 30.2,3). Ulteriores modificações incluíam a oferta do ômer, ou do primeiro feixe da colheita (Lv 23.10 a 14), bem como as instruções a respeito de serem oferecidos especiais sacrifícios em todos os dias da semana festiva (Nm 28.16 a 25), e a ordem para que os cordeiros pascais fossem mortos no santuário nacional e o sangue aspergido sobre o altar, em vez de ser sobre os caixilhos e umbrais das portas (Dt 16.1 a 6). 'À tarde, ao pôr do sol' (querendo isto, talvez, dizer na ocasião do crepúsculo, ou então entre as três e seis horas), eram mortos os cordeiros, sendo postos de parte a gordura e o sangue. A refeição era, então, servida em conformidade com a sua original instituição. Na mesma noite, depois de ter começado o dia 15 de nisã, era a gordura queimada pelo sacerdote, e o sangue derramado sobre o altar (2 Cr 30.16 - 35.11). Nesse dia 15, passada já a noite, havia o ajuntamento da congregação, durante o qual nenhuma obra desnecessária podia ser feita (Êx 12.16). No dia seguinte, era oferecido o primeiro molho da colheita, e agitado pelo sacerdote diante do Senhor, sendo igualmente sacrificado um cordeiro macho, em holocausto, com oferta de margares e bebida. os dias entre o primeiro e o sétimo eram de quietude, a não ser que houvesse sacrifícios pelo pecado, ou fosse prescrita a liberdade de alguma espécie de trabalho. o dia 21 do mês de nisã, e o último dia da festa, era novamente de santa convocação (Dt 16.8). Devia prevalecer em todos um ânimo alegre durante os dias festivos (Dt 27.7). No tempo de Jesus Cristo, como a festividade com os sacrifícios acessórios só podia efetuar-se em Jerusalém, de toda parte concorria tanta gente, que não era possível acomodar-se toda dentro dos muros da cidade. Foi esta a razão que os magistrados apresentavam para que Jesus não fosse preso, pois receavam algum tumulto da parte da multidão, que se achava em Jerusalém para a celebração da Páscoa (Mt 26.5). Durante a semana da Páscoa (a 16 do mês de abril), era oferecido um feixe, formado dos primeiros frutos da colheita da cevada, com um sacrifício particular (Lv 23.9 a 14). No aniversário deste dia levantou-Se Jesus Cristo dentre os mortos, e o apóstolo Paulo pode ter tido este fato em vista, quando, falando da ressurreição do Redentor, ele disse: 'Sendo ele as primícias dos que dormem' (1 Co 15.20). A guarda da Páscoa é várias vezes mencionada: quando foi instituída (Êx 12.28,50) - no deserto do Sinai (Nm 9.3 a 5) - e nas planícies de Jericó ao entrarem os israelitas na terra de Canaã (Js 5.10,11). E também a Bíblia refere que foi celebrada a Páscoa por Ezequias e alguns do povo (2 Cr 30) - por Josias (2 Rs 23.21 a 23 - 2 Cr 35.1,18,19) - depois da volta do cativeiro (Ed 6.19 a 22) - e por Jesus Cristo (Mt 26.17 a 20 - Lc 22.15 - Jo 2.13,23). (*veja Festa (dias de), Ceia do Senhor.)
Fonte: http://www.bibliaonline.net
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